terça-feira, 30 de junho de 2009

Atuação dos garimpeiros

Imagem retirada do site:www.construirnoticias.com.br

Os garimpeiros da Amazônia destapam a várzea para encontrar os cascalhos auríferos na base de planícies de rios provenientes de regiões serranas do oeste de Roraima.A tarefa de separação dos seixos e fragmentos é feita por sucessivas operações que terminam pelo uso de mercúrio.
A poluição dos rios,córregos e cavas é uma lamentável consequência te tais atividades.

Chico Mendes





Chico mendes com tranquilidade de um missionário de uma causa justa e sua capacidade verbal de convencimento centrada na energia,na força,na cultura popular brasileira ficou mais conhecido que o presidente José Sarney entretanto pagou com a vida pela ousadia de ter resistido a alguns criminosos.

Chico,foi responsável pela campanha das reservas extrativistas,um dos mais tradicionais modelos de economia ecologicamente auto-sustentada da Amazônia.
Estrategista dos "Empates" a única guerrilha pacífica da história social do país.
Assassinado por ter defendido comunidades extrativistas contra a ferocidade de especuladores fundiário extra-amazônicos.

Criação de búfalos

Imagem retirada do site:delcio.wordpress.com
A criação de búfalos nas várzeas e lagunas rasas do baixo tapajós nos últimos anos tem dobrado.

Gado nelore em área agropecuária no estado do Pará


Imagem retirada do site:kakaalbuquerque.blogspot.com
Pastagens artificiais implantadas em terras onduladas,onde foram eliminados grandes trechos de florestas amazônicas de terra firme.

O fracasso das agropecuárias, a expansão do desmatamento e propostas para recuperar a racionalidade.

Imagem retirada do site:ambiente.hsw.uol.com.br


Há muitos anos técnicos e cientistas,do Brasil e do exterior,tem chamado a atenção sobre as dificuldades que os solos e as condições ambientais da Amazônia apresentam para atividades agrícolas rentáveis,minimamente auto-sustentáveis.Poucos entretanto,têm contribuído para uma revisão consistente e construtiva das potencialidades agrárias da Amazônia,ao nível de todas as suas regiões,levando em conta a necessidade de se manter o máximo de florestas em pé e de adotar modelos específicos para cada tipo de gleba,face ao seu tamanho e ao mosaico interno de suas condições ecológicas.
Para qualquer planejamento agrário que implique desmatamento na Amazônia deve-se haver critérios sobre o tamanho das propriedades, etapas operacionais ao longo do tempo, experimentação prévia da resposta ecológica de diferentes terrenos e previsão de impactos físicos,bióticos e sociais das atividades a serem desenvolvidas.
O processo de degradação na Amazônia não é menos perigosos do que no restante do país.O uso de fertilizantes químicos ou agrotóxicos equivaleria a um genocídio coletivo de 4 a 5 milhões de habitantes da beira dos rios e igarapés,índios,seringueiros e beadeiros.Já o desmatamento de grande porte provoca uma residualização dos solos superficiais,com evacuação e ou entrocamento de argilas e ampliação de um horizonte de areis muito finas,equivalente ao diâmetro dos siltes.
Continuar com o desmatamento predatório para feitura de pastagens na região amazônica tende a transformar esta região num mar de siltes envolvendo o empobrecimento do seu solo.
Entre 1965 e 1990 totalizou-se uma somatória de devastação equivalente a 400.000(quilômetros quadrados) ,com forte aceleração de processos migratórios envolvendo componentes da base da sociedade de um baixíssimo nível de desenvolvimento econômico.
Para implantação de atividades agrárias na Amazônia inicialmente utilizou-se o trabalho dos machadeiros utilizados para destruição parcelada das florestas, depois,os pelotões de operadoras de motoserras para acelerar a derrubada, e logo,para cortar madeira nobre,destinada a uma exportação que quase nada favorece a região e o país.
No processo de garimpagem do ouro os homens fizeram escravos à retaguarda de matas beiradeiras, empossaram água e envenenaram rios e igarapés com resíduos de mercúrio .Pequeninos animais ao sabor do acaso picaram garimpeiros afetados pela malária e se tornaram os vetores tradicionais para infectar índios “o ódio dos nascidos na terra Amazônica pelos invasores de seu espaço de vida e sobrevivência é profundo e não removível a curto prazo”.
A chamada ocupação da Amazônia pode ser reconhecida como altamente predatória e em alguns casos até criminoso pela violência social, pela invasão de terras indígenas e interferências provocadas a cultura local bem como a saúde da população.
Em terras acreanas surgiu uma reação popular denominada “empate”! que nada mais era que uma união de seringueiros conscientes,organizados para impedir o desmatamento e a transformação de velhos seringais em pastagens.As lideranças extrativistas do Acre esperavam que o mundo inteiro aprenda a ajudar e proteger os povos da floresta com inteligência sensibilidade cultural,sem a intermediação de pretenciosos grupos de interesse ou impotentes lideranças externas.

Referências Bibliográficas:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Post de Sheila de Araújo

Proteção das águas no domínio dos Igarapés

Imagem retirada do site:http://www.seplan.am.gov.br
Os pequenos córregos de onde nasce a maioria dos rios da Amazônia estão ameaçadas pela falta saneamento básico, desmatamento, barragens irregulares, construção de estradas e a garimpos que poucos matam os igarapés, comprometem a qualidade da água e acabam com os pequenos animais que vivem ao longo desses cursos d’água.
O que esta acontecendo nos igarapés é preocupante, pois é dele que sai a água para o consumo das famílias. É de suma importância a preservação das águas dos igarapés para garantir a qualidade da água da bacia amazônica.
É necessário a implantação de saneamento básico nestas áreas, pois o resíduos da residências são transportados para os cursos d’água. Um sistema aquático que recebe esgoto in natura sofre alterações ecológicas, esse processo diminui drasticamente a qualidade das águas, reduzindo o oxigênio dissolvido e o desaparecimento de algumas espécies.
Além da crescente degradação dos ambientes aquáticos, a poluição cria condições favoráveis para o aumento de doenças como amebíase, cólera, dengue, esquistossomose, febre amarela, febre tifóide, hepatite, leptospirose, malária e outras.
A poluição dos rios não é caso particular da região amazônica, vem acontecendo com freqüência nos centros urbanos, é caso na cidade de Vitória da Conquista na Bahia que possui mais 35 mil residências que possui coleta de esgoto, porém a estação de tratamento de esgoto foi projetada para receber 20 mil ligações de esgoto, como as lagoas de tratamento não suportam a quantidade de esgoto que chega diariamente, o esgoto in natura é jogado no córrego Verruga.
Outro grande destruidor dos igarapés é o desmatamento, quando mata é retirada as chuvas levam areia para os leitos dos rios, deixando – o mais rasos.
As pequenas barragens clandestinas também colaboram para piorar a qualidade da água. Quando acontecem rompimentos das barragens, desce água, lama e muitos peixes rio abaixo de uma vez só, causando impacto ambiental.
Em locais isolados, onde muitas vezes não há cidades, estradas ou desmatamentos, os igarapés sofrem com os garimpos clandestinos. Para obter ouro, as árvores e a terra são removidas. Muita lama é devolvida ao rio, e sobram buracos a céu aberto. Além do mercúrio acumulado, o garimpo descaracteriza completamente o igarapé.
É necessário estratégias para garantir a qualidade das águas dos igarapés, a proteção desses cursos d’água é de extrema importância para as comunidades tradicionais da Amazônia, pois é dos igarapés que sobrevivem essas comunidades.

Fonte: Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.)
Referências Bibliográficas:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Fonte: Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.)
Post Moane Gusmão

Espaços de Preservação e Conservação e Espaços de Exploração auto-sustentada na Amazônia

Imagem retirada do site:360graus.terra.com.br
As terras amazônicas em seu interior contam com dois agrupamentos de tipos de espaços a serem gerenciados e diferencialmente definidos pelo Estado.Uns agrupamentos destinam-se à preservação e conservação já outros são liberados para uma exploração contida de tipo auto-sustentada sob legislação e controle específico.
O primeiro agrupamento tem a função de defender reservas indígenas,reservas biológicas,santuários,reservas florestais, parques nacionais, parques estaduais,parques e horto municipais, estações ecológicas, paisagens de execeção ,sítios arqueológicos, rios cênicos, parques serranos, rodovias turísticas sob controle,escarpas florestadas, faixas de cabeceiras de igarapés,entre outros.Algumas destas unidades contam com uma economia primária porém suficiente para a continuidade da sua vivência dentre algumas formas de sobrevivência destacam-se extração da seringa,coleta de ouriços das castanheiras,pesca,coleta de frutas,ervas medicinais e condimentos.Enfim um cultivo de subsistência limitado a menos de 0,01% do espaço total.
Na Amazônia atual pode ocorrer a convivência entre os que protegem a floresta e os que retiram sua sobrevivência da floresta mais evitando a destruição.

Referências Bibliográficas:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004
Post de Sheila de Araújo

domingo, 28 de junho de 2009

Capitalismo Selvagem

Imagem retirada do site:amazoniaseupovosuasmatas.blog.dada.net

A Amazônia por muitos anos especificamente na década de 60 foi considerada um espaço sem gente e sem história passível de qualquer manipulação por meio de planejamentos feitos a distância, ou sujeito a propostas de obras faraônicas,vinculadas a um muito falso conceito de desenvolvimento
Ocorreram nesta região uma série de fracassos dentre estes podemos citar:as políticas públicas destinadas ao mundo amazônico,as políticas agropecuárias,a política indigenista sem falar do pessimismo na política de terras.Não houve na Amazônia criatividade na busca de modelos auto-sustentados e não predatórios de utilização econômica.Por anos seguidos ocorreu total desprezo pelo destino das populações tradicionais dependentes da floresta e dos igarapés,índios,seringueiros,castanheiros,beiradeiros.No coração das selvas foram implantados rodovias sem a preocupação de impactos físicos, ecológicos,sociais e fundiários sendo assim,florestas inteiras foram devastadas em nome de um suposto progresso.Progresso este que não se preocupou em proteger as águas dos rios de onde provém o alimento de milhões de ribeirinhos.Não existiu preocupação também em relação a mineração e aos cenários negativos provocados pela garimpagem.
Pelos mais diversos caminhos a Amazônia foi abordada invadida por grupos humanos de diferentes procedências,em geral provenientes das regiões mais rústicas e subdesenvolvidas do país.Houve na Amazônia um saque aos recursos naturais e as riquezas do subsolo.
Característica importante dessa região são os conflitos entre fazendeiros e índios,entre latifundiários e posseiros,entre garimpeiros e índios,entre índios e peões de agropecuárias,entre seringueiros e latifundiários,entre os povos da floresta e adepto das pastagens.
Os conquistadores de terras que vieram dos planaltos centrais se apoderaram dos terrenos interfluviais de propriedades de antigos proprietários de seringais,destruíram as matas de cabeceiras,desperenizando drenagens e poluindo águas correntes.
Concluo que houve e há na Amazônia a implantação de um capitalismo selvagem.


Referência Bibliográfica:A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.


Post de sheila de Araújo

Impactos Ambientais na Faixa Carajás - São Luís

Imagem retirada do site:www.antt.gov.br
Embora a companhia Vale do Rio Doce em campanhas publicitárias milionárias procura amenizar as causas do impacto ambiental causada na grande área que vai de Marabá, estado do Pará até o litoral do maranhão, ocupando grande faixa da selva amazônica, a ferrovia de sua propriedade que corta esse trecho é uma das principais responsáveis pela degradação em toda a extensão dessa área, segundo a Vale ela já plantou mais árvores do que derrubou isso só serve de consolo para a própria mineradora, por que todos sabem que não é a mesma coisa, por que não foram derrubadas apenas árvores mas sim foi destruído todo um ecossistema. Essa faixa de terra foi criada na época em que os governos militares incentivavam o povoamento da Amazônia a qualquer custo.
Com o programa Grande Carajás, que tem uma área de 900 mil quilômetros quadrados e uma riqueza mineral incalculável: a maior jazida de minério de ferro do planeta, avaliada em torno de 18 bilhões de toneladas de alto teor (66% de ferro). Na verdade a Serra dos Carajás não se trata de uma jazida isolada, mas sim de uma riquíssima província mineral. Lá, segundo estudos, podemos encontrar cobre ouro, prata, bauxita, manganês, estanho, quartzo, etc.
O Programa Grande Carajás, cuja área é de 900 mil quilômetros quadrados, teve início em 1981. Administrados pela ex-estatal Vale do Rio Doce proprietária dos direitos de exploração mineral e também da ferrovia de 800 km de extensão. Do outro lado está a população pobre da região contrastando com toda essa riqueza. Uma das materializações da contradição está também na grandiosidade do trem que, com seus vagões carregados , corta locais miseráveis, enquanto o trem viaja carregando a riqueza da região, ao vê-lo passar estão as pessoas em suas precárias casas de madeira, ruas sem nenhum calçamento, esgoto a céu aberto, crianças maltrapilhas de pé no chão. O caos social é explícito em cidades próximas ao complexo de Carajás, como Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Eldorado dos Carajás. Em meio a esses contrates estão os conflitos sociais, as lutas pela posse e pela exploração dos espaços que ainda não foram destruídos são acirradas entre madeireiros, castanheiros posseiros e fazendeiros e acentuados pela garimpagem de ouro em Serra Pelada, uma região do estado do Pará que se tornou conhecida em todo Brasil durante a década de 1980 por ter sido aberto o maior garimpo a céu aberto do mundo.
Esses impactos negativos foram acentuados pela ausencia de um plano de ocupação do solo e o crescimento acelerado de cidaes como, Marabá no Pará e Imperatriz, no Maranhão e o baixo padrão de urbanização das cicades que envolvem a Serra de Carajás e também da rústica urbanização das vilas que abastecem aos garimpeiros de Serra Pelada.
A pressão de políticos regionais para soluções que resultem em beneficio próprio de familiares ou de amigos somando a conivência do estado que prioriza o capital em detrimento á vida e dá cobertura à violência praticada contra as classes sociais mais “fracas” deixam ainda mais dúvidas de quando esses problemas serão resolvidos.
Referência bibliográfica:

A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.

Post de Macário Viana

A Unidade da Floresta Amazônica

Imagem retirada do site:rogeliocasado.blogspot.com


Essa macrounidade agroambiental abrangia originalmente uma extensão de 3,5 milhões de km²; atualmente, com cerca de 15% das terras florestais convertidas em pastagens e agricultura comercial, há 3 milhões de km² cobertos por florestas contínuas. Nesse imenso território, que corresponde a praticamente 40% do país, as condições ambientais são muito próximas das naturais em sua maior extensão. Prevalece a biodiversidade vegetal e animal, os recursos hídricos estão preservados, mantendo-se em boa qualidade, assim também a diversidade da fauna aquática. A par disso, os recursos minerais são explorados em pontos restritos e a agricultura comercial é pouco significativa, havendo pequenos núcleos nos quais se desenvolvem cidades ribeirinhas tradicionais e a população rural. Esta se dedica à pesca, caça e agricultura de subsistência.
A vasta região da maior floresta tropical contínua encontra-se ameaçada, nacional e internacionalmente, por dois tipos diferentes de riscos. Há uma ameaça contínua da expansão dos especuladores nacionais, que se embrenham na floresta em busca de riquezas mais acessíveis para eles como as madeiras nobres de valor industrial, e que se atiram às atividades garimpeiras para conseguir diamante e cassiterita. Para apossar-se dessas riquezas, um “exército de homens”, dominantemente rudes, pobres e desprovidos de maiores qualificações profissionais, enveredam-se pelas matas e rios a fim de garimpar ou derrubar a mata. Esses homens, que vivem em condições difíceis, muitas vezes miseráveis e promíscuas, submetem-se à exploração humana e freqüentemente, encontram a morte prematura em decorrência de doenças ou acidentes diversos. São pessoas que geralmente migram da região Nordeste para as frentes de ocupação, almejando melhores condições de vida, mas que, por falta de alternativas, se transformam em indivíduos à margem da sociedade.
Ao lado desse cenário, desenvolvem-se outros que se configuram em verdadeiras “ilhas de ocupação” na floresta, caracterizando-se por excelentes condições de vida e uma dinâmica econômica própria onde existe abundancia. Trata-se das áreas onde funcionam as empresas mineradoras voltadas para a exportação, como é o caso de Carajás, com minério de ferro, e Oriximiná, com a bauxita, ambas no Estado do Pará. Desenvolvem-se grandes cidades com marcas de modernidade e pujança, como ocorre com Belém, e sua longa história de pólo regional, e Santarém. Manaus, após a criação da “zona livre de alguns tributos”, rapidamente se tornou uma megacidade com forte concentração industrial de eletroeletrônicos. Depara-se ali com um turbilhão de mercadorias e pessoas numa cidade dinâmica, rica e rodeada de florestas e rios.
Outra ameaça para os espaços vazios da Amazônia brasileira vem de fora do país. O Brasil pouco povoado da chamada Amazônia Legal, com apenas 20 milhões de pessoas e mais da metade do território nacional, não pode ser tratado com descuido geopolítico. Afinal, a abundância de terras, recursos minerais, biodiversidade de flora e fauna e o maior manancial de água doce do interior do continente no planeta necessitam de mais do que programas de proteção da floresta tropical, ou de sistemas de vigilância ultra-sofisticados, que, sem dúvida, são absolutamente necessários, mas não suficientes. Requer-se a aplicação de políticas públicas de atuação permanente, promotora de desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade ambiental. Há sem dúvida, uma intervenção internacional nada disfarçada e com claras manifestações de dominação, que se expressa pelas organizações ambientalistas não governamentais internacionais, organismos internacionais de fomento, intelectuais de renome internacional, a mídia de influência internacional, entre outros, que se encarregam de transmitir ao mundo a idéia de que o Brasil é um país que não sabe cuidar de seu território e do patrimônio ambiental. Essa prática freqüente logra convencer a opinião pública mundial, trazendo risco para o futuro da soberania nacional. São preocupantes as intervenções externas, em nome da preservação ambiental e de uma melhor qualidade de vida para a humanidade, no que diz respeito a um território vasto, escassamente ocupado e com políticas públicas regionais pouco eficientes.
REFERÊNCIAS

ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Ecogeografia do Brasil: subsídios para planejamento ambiental. 1ª edição, São Paulo-SP, Oficina de textos, 2006.

Post de Fernando Botelho

Sim, petróleo na Amazônia

Imagem retirada do site:www.editoravalete.com.br

As bacias sedimentares estão associadas à presença de combustíveis fosseis devido à sedimentação de organismos terrestres ou marinhos e da sua lenta transformação química que da origem a jazidas de carvão mineral, petróleo e gás natural. Dezenas de bacias sedimentares estão localizadas na Amazônia. As bacias do Solimões, Amazonas e Paranaíba são as mais importantes, devido seu potencial mineralógico, sendo a bacia do Solimões a terceira bacia sedimentar em produção de óleo no Brasil, com uma reserva de 132 milhões de barris de petróleo.
Muitos estudos foram realizados até se chegar a descoberta de campos de petrolíferos economicamente aproveitáveis, para Ab’Sáber (2004, p. 287) um dos acontecimentos mais importantes na Amazônia brasileira nos últimos anos,mas que não foi muito divulgado pela mídia.
As pesquisas se iniciaram quando em 1917 se perfurou o primeiro poço, o S-1 (sondagem numero 1) com a intenção de se localizar jazidas de carvão e outros combustiveis, após os primeiros indícios as pesquisas se intensificaram, para obter uma organização dos estudos se criou o Departamento Nacional de Produção Mineral que foi responsável por 17 perfurações, após 4 anos esse departamento foi substituído pelo Conselho Nacional do Petróleo (CNP) que passou a controlar a exploração de petróleo no país.
Muito esforço foi realizado para encontrar petróleo naquela região, mas devido os autos custos empregados o governo permitiu que grandes companhias internacionais, como a Texaco e a Esso, atuassem na busca de petróleo, mas nenhuma obteve êxito, “o subsolo amazônico pacecia ser estéril para petróleo em quantidades comerciais”
Referência BiBliográfica:

A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.

Post de Daiane Almeida

Rodovias na Amazônia


Imagem retirada do site:www.jota7.com

A implantação de rodovias na Amazônia vem gerando grandes problemas para a região. Além da ameaça à floresta, essas construções também trazem grandes impactos para a população que vive na região.
Essas rodovias são construídas apenas para interesses capitalistas, sem a preocupação do tamanho da devastação que elas podem causar, pois como diz Aziz Ab’Saber, "Elas são como espinhelas de peixe", que se ramificam rumo ao interior da mata .
Com a ocupação dessas novas áreas, surgem no lugar da floresta original, grandes espaços destinados a monocultura, a agropecuária e também a multiplicação de madeireiras. Com isso é comum acontecerem conflitos entre índios, posseiros e fazendeiros pelo domínio das terras.
A Amazônia atraiu muitos imigrantes com o processo de derrubada da mata para a construção das rodovias. Pessoas desempregadas que saiam das áreas mais subdesenvolvidas do país e eram encaminhados para garimpos da região, estavam sujeitas a muitas doenças como a malária e contribuíam para a destruição dos valores culturais dos povos indígenas da Amazônia.
Esse processo de abertura de estradas incentiva a ação dos grileiros que se apossam de grandes áreas e conseqüentemente, exploram a mão – de – obra dos milhares de sem- terra que foram para a região na tentativa de melhores condições de vida.
Outro ponto que merece destaque é em relação à situação dos nativos após todo o processo de atuação das classes dominantes na Amazônia. Os moradores eram impedidos de circular pelas áreas, que agora estava nas mãos dos grandes empresários.
As manifestações contras a pavimentação das rodovias e a construção de novas estradas na Amazônia surgem através das ONGs que se unem com outros grupos ambientalistas em defesa da preservação da região. Segundo essas organizações, a pavimentação de estradas é o maior vetor de desmatamentos na Amazônia e 75% dos desmatamentos da região ocorreram ao longo das rodovias pavimentadas. Para eles, o desenvolvimento da Amazônia deve acontecer de acordo com as aptidões de cada área e sem prejuízo de outros aspectos como, o meio ambiente e as populações locais.
Referência bibliográfica:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Sites visitados:
www.org.br/.../amazonia/amazonia_noticias
cienciahoje.uol.com.br/3933
http://www.amazonia.org.br/
Post de Wanderléya Fernandes