domingo, 28 de junho de 2009

Impactos Ambientais na Faixa Carajás - São Luís

Imagem retirada do site:www.antt.gov.br
Embora a companhia Vale do Rio Doce em campanhas publicitárias milionárias procura amenizar as causas do impacto ambiental causada na grande área que vai de Marabá, estado do Pará até o litoral do maranhão, ocupando grande faixa da selva amazônica, a ferrovia de sua propriedade que corta esse trecho é uma das principais responsáveis pela degradação em toda a extensão dessa área, segundo a Vale ela já plantou mais árvores do que derrubou isso só serve de consolo para a própria mineradora, por que todos sabem que não é a mesma coisa, por que não foram derrubadas apenas árvores mas sim foi destruído todo um ecossistema. Essa faixa de terra foi criada na época em que os governos militares incentivavam o povoamento da Amazônia a qualquer custo.
Com o programa Grande Carajás, que tem uma área de 900 mil quilômetros quadrados e uma riqueza mineral incalculável: a maior jazida de minério de ferro do planeta, avaliada em torno de 18 bilhões de toneladas de alto teor (66% de ferro). Na verdade a Serra dos Carajás não se trata de uma jazida isolada, mas sim de uma riquíssima província mineral. Lá, segundo estudos, podemos encontrar cobre ouro, prata, bauxita, manganês, estanho, quartzo, etc.
O Programa Grande Carajás, cuja área é de 900 mil quilômetros quadrados, teve início em 1981. Administrados pela ex-estatal Vale do Rio Doce proprietária dos direitos de exploração mineral e também da ferrovia de 800 km de extensão. Do outro lado está a população pobre da região contrastando com toda essa riqueza. Uma das materializações da contradição está também na grandiosidade do trem que, com seus vagões carregados , corta locais miseráveis, enquanto o trem viaja carregando a riqueza da região, ao vê-lo passar estão as pessoas em suas precárias casas de madeira, ruas sem nenhum calçamento, esgoto a céu aberto, crianças maltrapilhas de pé no chão. O caos social é explícito em cidades próximas ao complexo de Carajás, como Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Eldorado dos Carajás. Em meio a esses contrates estão os conflitos sociais, as lutas pela posse e pela exploração dos espaços que ainda não foram destruídos são acirradas entre madeireiros, castanheiros posseiros e fazendeiros e acentuados pela garimpagem de ouro em Serra Pelada, uma região do estado do Pará que se tornou conhecida em todo Brasil durante a década de 1980 por ter sido aberto o maior garimpo a céu aberto do mundo.
Esses impactos negativos foram acentuados pela ausencia de um plano de ocupação do solo e o crescimento acelerado de cidaes como, Marabá no Pará e Imperatriz, no Maranhão e o baixo padrão de urbanização das cicades que envolvem a Serra de Carajás e também da rústica urbanização das vilas que abastecem aos garimpeiros de Serra Pelada.
A pressão de políticos regionais para soluções que resultem em beneficio próprio de familiares ou de amigos somando a conivência do estado que prioriza o capital em detrimento á vida e dá cobertura à violência praticada contra as classes sociais mais “fracas” deixam ainda mais dúvidas de quando esses problemas serão resolvidos.
Referência bibliográfica:

A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.

Post de Macário Viana

Um comentário:

  1. como podemos viver no mundo tão egoista?
    Que as pessoas que tem uma boa vida, mas não lembra de quem passa por necessidades as vezes sem ter o gosto de ter um bom prato de comida para oferecer para seus filhos,por que não tem um bom emprego.Por que tem tem esses empregos so emprega pessoas qualificadas e não lembra que invadiram os espaços de algumas pessoas que viviam de plantar e colher apenas alguns poucos alimentos que dava pelo menos para o sustento.

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