domingo, 5 de julho de 2009

A Hidrologia da Amazônia

Imagem retirada do site:www.infoescola.com


As bacias hidrográficas são regiões geográficas formadas por diversos rios que deságuam em um curso de água principal. O aproveitamento econômico dos rios é diversificado. Eles irrigam as terras agrícolas, abastecem os reservatórios de água urbanos, fornecem alimentos e produzem cerca de 2.6% da energia mundial por meio das hidrelétricas. O transporte fluvial também é largamente utilizado em razão do baixo consumo de energia e da grande capacidade de carga dos navios.
Fonte: Almanaque Abril 2008
Mais de dois terços de toda a água brasileira estão na região Norte, onde vive quase 10% da população do país. O resultado dessa desigualdade regional é que, enquanto um carioca recebe, em média, 500 litros de água por dia, um cearense dispõe de apenas 130 litros. De acordo com o IBGE, a média nacional é de 260 litros por habitante.

Região Hidrográfica do Rio Amazonas
Possui a maior bacia hidrográfica do mundo, a do Rio Amazonas, com cerca de 7 milhões de quilômetros quadrados, dos quais quase 4 milhões estão em território brasileiro. O Rio Amazonas é o maior do mundo em vazão de água, com largura média de 5 quilômetros. Conta com grande número de cursos de água menores e canais fluviais criados pelo processo de cheia e vazante. Localizada em uma região de planície, a bacia amazônica tem cerca de 20 mil quilômetros de rios navegáveis, que possibilitam a prática de transporte hidroviário.
Apesar de sua grandiosidade e importância, a região hidrográfica do Rio Amazonas tem passado por sérios problemas de seca e poluição.
A poluição das águas pelo lançamento de efluentes industriais e agrícolas e esgotos domésticos, além de resíduos sólidos diversos. Esses fatores comprometem a qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
Os rios e os lagos são considerados os ambientes mais ameaçados do planeta em conseqüência do lançamento de dejetos domésticos, industriais, agrícolas e resíduos sólidos. De acordo com o World Resources Institute (WRI), a construção de represas e a canalização também ameaçam a manutenção desses ambientes.
Outra séria ameaça à bacia Amazônica é a contaminação por metais pesados, principalmente o mercúrio, substancia altamente tóxica e de difícil dispersão nomeio ambiente. Sua origem está em atividades econômicas realizadas sem planejamento ambiental, como o garimpo indiscriminado. Segundo a fundação OndAzul, entre 35 e 40 mil toneladas de mercúrio são lançadas por ano pelo garimpo nos rios da região amazônica, contaminando cerca de 10 mil pessoas

Referência: O Almanaque Abril, Edição 2008, ano 34, Editora Abril S. A.

Post de Alexandre Dias

Serra Pelada

Discussão entre um PM e um Garimpeiro no garimpo de Serra pelada, foto Sebastião Salgado.


Em 1980 estourou a corrida do ouro no garimpo de Serra Pelada, no Pará. No começo da febre, mais de 25 mil homens se amontoavam numa grande cratera e chegavam a tirar uma tonelada de ouro por mês. Foi necessária uma organização que envolveu as polícias Federal e Militar do Pará. Ao mesmo tempo, a Caixa Econômica Federal tentava manter a exclusividade na compra do nobre metal, pagando, porém apenas 60% do valor de mercado.
A corrida atraiu não só profissionais que disputavam cada metro quadrado em busca da riqueza rápida, mas também lavradores, médicos, motoristas, padres, engenheiros e boiadeiros. Liderados pelo major do Exército Sebastião Curió amigo do então Presidente Figueiredo e que anos antes fora o responsável por dizimar a guerrilha do Araguaia, os garimpeiros se organizaram até onde foi possível. Para não haver confusão foi proibida a entrada de bebidas e mulheres. Ali todos eram aventureiros que se submetiam à muitos sacrifícios: suportavam o intenso calor e respiravam a constante poeira de monóxido de ferro que exalava do garimpo, altamente prejudicial aos pulmões. Isso sem falar no total desconforto dos barracos improvisados. Mas eles não ligavam e trabalhavam dia e noite na esperança de ficar ricos da noite para o dia.
Diante da prosperidade do local e de fortunas que eram feitas e perdidas da noite para o dia, um inimigo poderoso observava a rotina dos trabalhadores, a Companhia Vale do Rio doce que almejava a concessão da exploração de ouro no local. Em meio a uma guerra de ações judiciais tanto por parte da Vale, como dos garimpeiros, as tensões aumentavam a cada dia. O ódio pela Vale do Rio Doce tem explicação: todos os anos a companhia fechava a jazida, com ordem judicial. Por diversas vezes, a CRVD interditou a cava para tentar trocar a extração manual pela mecânica. Mas os garimpeiros voltavam e invadiam a área. O garimpo, cada vez menos lucrativo para os cofres públicos, foi sendo abandonado pelo governo, transformando-se em problema social. Contra o descaso das autoridades, 4 mil trabalhadores fecharam, em dezembro de 1987, a ponte da PA-150 sobre o Rio Tocantins, a dez quilômetros de Marabá. Os manifestantes pediam caminhões, tratores e a remoção de 8 milhões de metros cúbicos de terra que estava impedindo a garimpagem segura na Serra Pelada. Estava desenhado ali mais um massacre brasileiro protagonizada pela policia militar do Pará. Uma tropa de 400 policiais, destacados para desobstruir a ponte passaram a disparar fuzis e metralhadoras, além de bombas de gás lacrimogêneo. A ponte tinha sido fechada dos dois lados pela tropa que cercara os trabalhadores. Horas depois, a PM do Pará informou que desbloqueara a ponte e causara a morte de quatro garimpeiros. Passados dois dias, a Polícia Federal anunciou o desaparecimento de 79 pessoas. Os garimpeiros que sobreviveram ao massacre voltaram naquela mesma madrugada à Serra Pelada, que nunca mais traria grandes alegrias. Em 1992, durante o governo Collor, o domínio sobre a área foi transferido para a Vale, que passou a destruir casas com tratores e a fechar buracos de garimpos ao redor da cava. Muitos garimpeiros ficaram quase oito meses presos por formação de quadrilha na tentativa de conter a Vale. Em 2002, o decreto de Collor caiu, mas a cava já tinha se tornado um lago onde muitas crianças hoje tomam banho.
Em volta do enorme buraco, existe um povoado de 6 mil moradores, que já foi campeão mundial em casos de hanseníase e está no topo do ranking brasileiro de aids e tuberculose. Debaixo de tanta miséria, no entanto, descansam mais de 280 toneladas de ouro, além de reservas de paládio, platina e cobre, quantidade 10 vezes maior que a retirada hoje no Brasil inteiro a cada ano. No último mês de março, o governo finalmente decidiu quem tem direito de exploração da área: venceram os garimpeiros. Este mês, todos os que fizeram parte daquele formigueiro humano há 25 anos podem se inscrever para participar do racha da fortuna ali escondida. Hoje, quase três décadas depois anos depois, o povoado de Serra Pelada mais parece uma cidade fantasma. A grande cratera inundada pela água e se transformou num enorme lago. Muitos ficaram ricos, mas quase todos perderam tudo, pois como num jogo de apostas, não souberam a hora de parar e investiram tudo que ganharam para tentar tirar mais ouro. Deste sonho ficaram as imagens e as lembranças que não se repetirão, pois o ouro que ainda resta no fundo do lago só poderá ser retirado com máquinas.

Referência Bibliográfica:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Post de Ezequiel Silva









DESMISTIFICANDO ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO DOMÍNIO MORFOCLIMÁTICO AMAZÔNICO

Por muitos anos a Amazônia foi pensada como uma região homogênea e monótona, um espaço não habitado e sem dinamismo. Isso porque as sutis variações regionais na sua topografia, dos solos, das diversidades das águas e composição das florestas não são levadas em consideração. A combinação de elementos como clima, com temperaturas medias elevadas, precipitações abundantes e relativamente bem distribuídas, pequena amplitude térmica anual, contribuíram para a formação dessa idéia.
Formada por um conjunto de terras baixas de escala subcontinental com uma área superior a dois milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia contém planícies aluviais, drenada por uma grande rede hidrográfica, perene, composta por gigantescos rios, se opondo a uma trama fina de rios de pequenos cursos e igarapés, com solos de baixa fertilidade.
A imensa cobertura florestal aparentemente homogênea dá lugar a rápidas variações de paisagens que ocorrem nas áreas de transição entre os terrenos sedimentares e os terrenos cristalinos. Essas faixas de vegetação de transição gradual, como a denominada vegetação tampão que possui grande individualidade e expressão paisagística, como as áreas de cocais, a exemplo das florestas de babaçu.
No interior da região amazônica também aparecem áreas com características de cerrado, cerradões, matas ralas e matas secas. O surgimento desses tipos de vegetação se deve a fatores pedológicos que não deram às condições necessárias a formação de uma vegetação de florestas densas.
Essas diferenças peculiares mostram que ainda se tem muito a pesquisar a respeito desse grande e importante domínio morfoclimático e biogeográfico, desmistificando sua aparência homogênea e monótona que permaneceu ao longo dos anos.
Referência Bibliográfica: A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.

Post de Daiane Almeida



terça-feira, 30 de junho de 2009

Atuação dos garimpeiros

Imagem retirada do site:www.construirnoticias.com.br

Os garimpeiros da Amazônia destapam a várzea para encontrar os cascalhos auríferos na base de planícies de rios provenientes de regiões serranas do oeste de Roraima.A tarefa de separação dos seixos e fragmentos é feita por sucessivas operações que terminam pelo uso de mercúrio.
A poluição dos rios,córregos e cavas é uma lamentável consequência te tais atividades.

Chico Mendes





Chico mendes com tranquilidade de um missionário de uma causa justa e sua capacidade verbal de convencimento centrada na energia,na força,na cultura popular brasileira ficou mais conhecido que o presidente José Sarney entretanto pagou com a vida pela ousadia de ter resistido a alguns criminosos.

Chico,foi responsável pela campanha das reservas extrativistas,um dos mais tradicionais modelos de economia ecologicamente auto-sustentada da Amazônia.
Estrategista dos "Empates" a única guerrilha pacífica da história social do país.
Assassinado por ter defendido comunidades extrativistas contra a ferocidade de especuladores fundiário extra-amazônicos.

Criação de búfalos

Imagem retirada do site:delcio.wordpress.com
A criação de búfalos nas várzeas e lagunas rasas do baixo tapajós nos últimos anos tem dobrado.

Gado nelore em área agropecuária no estado do Pará


Imagem retirada do site:kakaalbuquerque.blogspot.com
Pastagens artificiais implantadas em terras onduladas,onde foram eliminados grandes trechos de florestas amazônicas de terra firme.

O fracasso das agropecuárias, a expansão do desmatamento e propostas para recuperar a racionalidade.

Imagem retirada do site:ambiente.hsw.uol.com.br


Há muitos anos técnicos e cientistas,do Brasil e do exterior,tem chamado a atenção sobre as dificuldades que os solos e as condições ambientais da Amazônia apresentam para atividades agrícolas rentáveis,minimamente auto-sustentáveis.Poucos entretanto,têm contribuído para uma revisão consistente e construtiva das potencialidades agrárias da Amazônia,ao nível de todas as suas regiões,levando em conta a necessidade de se manter o máximo de florestas em pé e de adotar modelos específicos para cada tipo de gleba,face ao seu tamanho e ao mosaico interno de suas condições ecológicas.
Para qualquer planejamento agrário que implique desmatamento na Amazônia deve-se haver critérios sobre o tamanho das propriedades, etapas operacionais ao longo do tempo, experimentação prévia da resposta ecológica de diferentes terrenos e previsão de impactos físicos,bióticos e sociais das atividades a serem desenvolvidas.
O processo de degradação na Amazônia não é menos perigosos do que no restante do país.O uso de fertilizantes químicos ou agrotóxicos equivaleria a um genocídio coletivo de 4 a 5 milhões de habitantes da beira dos rios e igarapés,índios,seringueiros e beadeiros.Já o desmatamento de grande porte provoca uma residualização dos solos superficiais,com evacuação e ou entrocamento de argilas e ampliação de um horizonte de areis muito finas,equivalente ao diâmetro dos siltes.
Continuar com o desmatamento predatório para feitura de pastagens na região amazônica tende a transformar esta região num mar de siltes envolvendo o empobrecimento do seu solo.
Entre 1965 e 1990 totalizou-se uma somatória de devastação equivalente a 400.000(quilômetros quadrados) ,com forte aceleração de processos migratórios envolvendo componentes da base da sociedade de um baixíssimo nível de desenvolvimento econômico.
Para implantação de atividades agrárias na Amazônia inicialmente utilizou-se o trabalho dos machadeiros utilizados para destruição parcelada das florestas, depois,os pelotões de operadoras de motoserras para acelerar a derrubada, e logo,para cortar madeira nobre,destinada a uma exportação que quase nada favorece a região e o país.
No processo de garimpagem do ouro os homens fizeram escravos à retaguarda de matas beiradeiras, empossaram água e envenenaram rios e igarapés com resíduos de mercúrio .Pequeninos animais ao sabor do acaso picaram garimpeiros afetados pela malária e se tornaram os vetores tradicionais para infectar índios “o ódio dos nascidos na terra Amazônica pelos invasores de seu espaço de vida e sobrevivência é profundo e não removível a curto prazo”.
A chamada ocupação da Amazônia pode ser reconhecida como altamente predatória e em alguns casos até criminoso pela violência social, pela invasão de terras indígenas e interferências provocadas a cultura local bem como a saúde da população.
Em terras acreanas surgiu uma reação popular denominada “empate”! que nada mais era que uma união de seringueiros conscientes,organizados para impedir o desmatamento e a transformação de velhos seringais em pastagens.As lideranças extrativistas do Acre esperavam que o mundo inteiro aprenda a ajudar e proteger os povos da floresta com inteligência sensibilidade cultural,sem a intermediação de pretenciosos grupos de interesse ou impotentes lideranças externas.

Referências Bibliográficas:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Post de Sheila de Araújo

Proteção das águas no domínio dos Igarapés

Imagem retirada do site:http://www.seplan.am.gov.br
Os pequenos córregos de onde nasce a maioria dos rios da Amazônia estão ameaçadas pela falta saneamento básico, desmatamento, barragens irregulares, construção de estradas e a garimpos que poucos matam os igarapés, comprometem a qualidade da água e acabam com os pequenos animais que vivem ao longo desses cursos d’água.
O que esta acontecendo nos igarapés é preocupante, pois é dele que sai a água para o consumo das famílias. É de suma importância a preservação das águas dos igarapés para garantir a qualidade da água da bacia amazônica.
É necessário a implantação de saneamento básico nestas áreas, pois o resíduos da residências são transportados para os cursos d’água. Um sistema aquático que recebe esgoto in natura sofre alterações ecológicas, esse processo diminui drasticamente a qualidade das águas, reduzindo o oxigênio dissolvido e o desaparecimento de algumas espécies.
Além da crescente degradação dos ambientes aquáticos, a poluição cria condições favoráveis para o aumento de doenças como amebíase, cólera, dengue, esquistossomose, febre amarela, febre tifóide, hepatite, leptospirose, malária e outras.
A poluição dos rios não é caso particular da região amazônica, vem acontecendo com freqüência nos centros urbanos, é caso na cidade de Vitória da Conquista na Bahia que possui mais 35 mil residências que possui coleta de esgoto, porém a estação de tratamento de esgoto foi projetada para receber 20 mil ligações de esgoto, como as lagoas de tratamento não suportam a quantidade de esgoto que chega diariamente, o esgoto in natura é jogado no córrego Verruga.
Outro grande destruidor dos igarapés é o desmatamento, quando mata é retirada as chuvas levam areia para os leitos dos rios, deixando – o mais rasos.
As pequenas barragens clandestinas também colaboram para piorar a qualidade da água. Quando acontecem rompimentos das barragens, desce água, lama e muitos peixes rio abaixo de uma vez só, causando impacto ambiental.
Em locais isolados, onde muitas vezes não há cidades, estradas ou desmatamentos, os igarapés sofrem com os garimpos clandestinos. Para obter ouro, as árvores e a terra são removidas. Muita lama é devolvida ao rio, e sobram buracos a céu aberto. Além do mercúrio acumulado, o garimpo descaracteriza completamente o igarapé.
É necessário estratégias para garantir a qualidade das águas dos igarapés, a proteção desses cursos d’água é de extrema importância para as comunidades tradicionais da Amazônia, pois é dos igarapés que sobrevivem essas comunidades.

Fonte: Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.)
Referências Bibliográficas:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Fonte: Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A.)
Post Moane Gusmão

Espaços de Preservação e Conservação e Espaços de Exploração auto-sustentada na Amazônia

Imagem retirada do site:360graus.terra.com.br
As terras amazônicas em seu interior contam com dois agrupamentos de tipos de espaços a serem gerenciados e diferencialmente definidos pelo Estado.Uns agrupamentos destinam-se à preservação e conservação já outros são liberados para uma exploração contida de tipo auto-sustentada sob legislação e controle específico.
O primeiro agrupamento tem a função de defender reservas indígenas,reservas biológicas,santuários,reservas florestais, parques nacionais, parques estaduais,parques e horto municipais, estações ecológicas, paisagens de execeção ,sítios arqueológicos, rios cênicos, parques serranos, rodovias turísticas sob controle,escarpas florestadas, faixas de cabeceiras de igarapés,entre outros.Algumas destas unidades contam com uma economia primária porém suficiente para a continuidade da sua vivência dentre algumas formas de sobrevivência destacam-se extração da seringa,coleta de ouriços das castanheiras,pesca,coleta de frutas,ervas medicinais e condimentos.Enfim um cultivo de subsistência limitado a menos de 0,01% do espaço total.
Na Amazônia atual pode ocorrer a convivência entre os que protegem a floresta e os que retiram sua sobrevivência da floresta mais evitando a destruição.

Referências Bibliográficas:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004
Post de Sheila de Araújo

domingo, 28 de junho de 2009

Capitalismo Selvagem

Imagem retirada do site:amazoniaseupovosuasmatas.blog.dada.net

A Amazônia por muitos anos especificamente na década de 60 foi considerada um espaço sem gente e sem história passível de qualquer manipulação por meio de planejamentos feitos a distância, ou sujeito a propostas de obras faraônicas,vinculadas a um muito falso conceito de desenvolvimento
Ocorreram nesta região uma série de fracassos dentre estes podemos citar:as políticas públicas destinadas ao mundo amazônico,as políticas agropecuárias,a política indigenista sem falar do pessimismo na política de terras.Não houve na Amazônia criatividade na busca de modelos auto-sustentados e não predatórios de utilização econômica.Por anos seguidos ocorreu total desprezo pelo destino das populações tradicionais dependentes da floresta e dos igarapés,índios,seringueiros,castanheiros,beiradeiros.No coração das selvas foram implantados rodovias sem a preocupação de impactos físicos, ecológicos,sociais e fundiários sendo assim,florestas inteiras foram devastadas em nome de um suposto progresso.Progresso este que não se preocupou em proteger as águas dos rios de onde provém o alimento de milhões de ribeirinhos.Não existiu preocupação também em relação a mineração e aos cenários negativos provocados pela garimpagem.
Pelos mais diversos caminhos a Amazônia foi abordada invadida por grupos humanos de diferentes procedências,em geral provenientes das regiões mais rústicas e subdesenvolvidas do país.Houve na Amazônia um saque aos recursos naturais e as riquezas do subsolo.
Característica importante dessa região são os conflitos entre fazendeiros e índios,entre latifundiários e posseiros,entre garimpeiros e índios,entre índios e peões de agropecuárias,entre seringueiros e latifundiários,entre os povos da floresta e adepto das pastagens.
Os conquistadores de terras que vieram dos planaltos centrais se apoderaram dos terrenos interfluviais de propriedades de antigos proprietários de seringais,destruíram as matas de cabeceiras,desperenizando drenagens e poluindo águas correntes.
Concluo que houve e há na Amazônia a implantação de um capitalismo selvagem.


Referência Bibliográfica:A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.


Post de sheila de Araújo

Impactos Ambientais na Faixa Carajás - São Luís

Imagem retirada do site:www.antt.gov.br
Embora a companhia Vale do Rio Doce em campanhas publicitárias milionárias procura amenizar as causas do impacto ambiental causada na grande área que vai de Marabá, estado do Pará até o litoral do maranhão, ocupando grande faixa da selva amazônica, a ferrovia de sua propriedade que corta esse trecho é uma das principais responsáveis pela degradação em toda a extensão dessa área, segundo a Vale ela já plantou mais árvores do que derrubou isso só serve de consolo para a própria mineradora, por que todos sabem que não é a mesma coisa, por que não foram derrubadas apenas árvores mas sim foi destruído todo um ecossistema. Essa faixa de terra foi criada na época em que os governos militares incentivavam o povoamento da Amazônia a qualquer custo.
Com o programa Grande Carajás, que tem uma área de 900 mil quilômetros quadrados e uma riqueza mineral incalculável: a maior jazida de minério de ferro do planeta, avaliada em torno de 18 bilhões de toneladas de alto teor (66% de ferro). Na verdade a Serra dos Carajás não se trata de uma jazida isolada, mas sim de uma riquíssima província mineral. Lá, segundo estudos, podemos encontrar cobre ouro, prata, bauxita, manganês, estanho, quartzo, etc.
O Programa Grande Carajás, cuja área é de 900 mil quilômetros quadrados, teve início em 1981. Administrados pela ex-estatal Vale do Rio Doce proprietária dos direitos de exploração mineral e também da ferrovia de 800 km de extensão. Do outro lado está a população pobre da região contrastando com toda essa riqueza. Uma das materializações da contradição está também na grandiosidade do trem que, com seus vagões carregados , corta locais miseráveis, enquanto o trem viaja carregando a riqueza da região, ao vê-lo passar estão as pessoas em suas precárias casas de madeira, ruas sem nenhum calçamento, esgoto a céu aberto, crianças maltrapilhas de pé no chão. O caos social é explícito em cidades próximas ao complexo de Carajás, como Parauapebas, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Eldorado dos Carajás. Em meio a esses contrates estão os conflitos sociais, as lutas pela posse e pela exploração dos espaços que ainda não foram destruídos são acirradas entre madeireiros, castanheiros posseiros e fazendeiros e acentuados pela garimpagem de ouro em Serra Pelada, uma região do estado do Pará que se tornou conhecida em todo Brasil durante a década de 1980 por ter sido aberto o maior garimpo a céu aberto do mundo.
Esses impactos negativos foram acentuados pela ausencia de um plano de ocupação do solo e o crescimento acelerado de cidaes como, Marabá no Pará e Imperatriz, no Maranhão e o baixo padrão de urbanização das cicades que envolvem a Serra de Carajás e também da rústica urbanização das vilas que abastecem aos garimpeiros de Serra Pelada.
A pressão de políticos regionais para soluções que resultem em beneficio próprio de familiares ou de amigos somando a conivência do estado que prioriza o capital em detrimento á vida e dá cobertura à violência praticada contra as classes sociais mais “fracas” deixam ainda mais dúvidas de quando esses problemas serão resolvidos.
Referência bibliográfica:

A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.

Post de Macário Viana

A Unidade da Floresta Amazônica

Imagem retirada do site:rogeliocasado.blogspot.com


Essa macrounidade agroambiental abrangia originalmente uma extensão de 3,5 milhões de km²; atualmente, com cerca de 15% das terras florestais convertidas em pastagens e agricultura comercial, há 3 milhões de km² cobertos por florestas contínuas. Nesse imenso território, que corresponde a praticamente 40% do país, as condições ambientais são muito próximas das naturais em sua maior extensão. Prevalece a biodiversidade vegetal e animal, os recursos hídricos estão preservados, mantendo-se em boa qualidade, assim também a diversidade da fauna aquática. A par disso, os recursos minerais são explorados em pontos restritos e a agricultura comercial é pouco significativa, havendo pequenos núcleos nos quais se desenvolvem cidades ribeirinhas tradicionais e a população rural. Esta se dedica à pesca, caça e agricultura de subsistência.
A vasta região da maior floresta tropical contínua encontra-se ameaçada, nacional e internacionalmente, por dois tipos diferentes de riscos. Há uma ameaça contínua da expansão dos especuladores nacionais, que se embrenham na floresta em busca de riquezas mais acessíveis para eles como as madeiras nobres de valor industrial, e que se atiram às atividades garimpeiras para conseguir diamante e cassiterita. Para apossar-se dessas riquezas, um “exército de homens”, dominantemente rudes, pobres e desprovidos de maiores qualificações profissionais, enveredam-se pelas matas e rios a fim de garimpar ou derrubar a mata. Esses homens, que vivem em condições difíceis, muitas vezes miseráveis e promíscuas, submetem-se à exploração humana e freqüentemente, encontram a morte prematura em decorrência de doenças ou acidentes diversos. São pessoas que geralmente migram da região Nordeste para as frentes de ocupação, almejando melhores condições de vida, mas que, por falta de alternativas, se transformam em indivíduos à margem da sociedade.
Ao lado desse cenário, desenvolvem-se outros que se configuram em verdadeiras “ilhas de ocupação” na floresta, caracterizando-se por excelentes condições de vida e uma dinâmica econômica própria onde existe abundancia. Trata-se das áreas onde funcionam as empresas mineradoras voltadas para a exportação, como é o caso de Carajás, com minério de ferro, e Oriximiná, com a bauxita, ambas no Estado do Pará. Desenvolvem-se grandes cidades com marcas de modernidade e pujança, como ocorre com Belém, e sua longa história de pólo regional, e Santarém. Manaus, após a criação da “zona livre de alguns tributos”, rapidamente se tornou uma megacidade com forte concentração industrial de eletroeletrônicos. Depara-se ali com um turbilhão de mercadorias e pessoas numa cidade dinâmica, rica e rodeada de florestas e rios.
Outra ameaça para os espaços vazios da Amazônia brasileira vem de fora do país. O Brasil pouco povoado da chamada Amazônia Legal, com apenas 20 milhões de pessoas e mais da metade do território nacional, não pode ser tratado com descuido geopolítico. Afinal, a abundância de terras, recursos minerais, biodiversidade de flora e fauna e o maior manancial de água doce do interior do continente no planeta necessitam de mais do que programas de proteção da floresta tropical, ou de sistemas de vigilância ultra-sofisticados, que, sem dúvida, são absolutamente necessários, mas não suficientes. Requer-se a aplicação de políticas públicas de atuação permanente, promotora de desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade ambiental. Há sem dúvida, uma intervenção internacional nada disfarçada e com claras manifestações de dominação, que se expressa pelas organizações ambientalistas não governamentais internacionais, organismos internacionais de fomento, intelectuais de renome internacional, a mídia de influência internacional, entre outros, que se encarregam de transmitir ao mundo a idéia de que o Brasil é um país que não sabe cuidar de seu território e do patrimônio ambiental. Essa prática freqüente logra convencer a opinião pública mundial, trazendo risco para o futuro da soberania nacional. São preocupantes as intervenções externas, em nome da preservação ambiental e de uma melhor qualidade de vida para a humanidade, no que diz respeito a um território vasto, escassamente ocupado e com políticas públicas regionais pouco eficientes.
REFERÊNCIAS

ROSS, Jurandyr Luciano Sanches. Ecogeografia do Brasil: subsídios para planejamento ambiental. 1ª edição, São Paulo-SP, Oficina de textos, 2006.

Post de Fernando Botelho

Sim, petróleo na Amazônia

Imagem retirada do site:www.editoravalete.com.br

As bacias sedimentares estão associadas à presença de combustíveis fosseis devido à sedimentação de organismos terrestres ou marinhos e da sua lenta transformação química que da origem a jazidas de carvão mineral, petróleo e gás natural. Dezenas de bacias sedimentares estão localizadas na Amazônia. As bacias do Solimões, Amazonas e Paranaíba são as mais importantes, devido seu potencial mineralógico, sendo a bacia do Solimões a terceira bacia sedimentar em produção de óleo no Brasil, com uma reserva de 132 milhões de barris de petróleo.
Muitos estudos foram realizados até se chegar a descoberta de campos de petrolíferos economicamente aproveitáveis, para Ab’Sáber (2004, p. 287) um dos acontecimentos mais importantes na Amazônia brasileira nos últimos anos,mas que não foi muito divulgado pela mídia.
As pesquisas se iniciaram quando em 1917 se perfurou o primeiro poço, o S-1 (sondagem numero 1) com a intenção de se localizar jazidas de carvão e outros combustiveis, após os primeiros indícios as pesquisas se intensificaram, para obter uma organização dos estudos se criou o Departamento Nacional de Produção Mineral que foi responsável por 17 perfurações, após 4 anos esse departamento foi substituído pelo Conselho Nacional do Petróleo (CNP) que passou a controlar a exploração de petróleo no país.
Muito esforço foi realizado para encontrar petróleo naquela região, mas devido os autos custos empregados o governo permitiu que grandes companhias internacionais, como a Texaco e a Esso, atuassem na busca de petróleo, mas nenhuma obteve êxito, “o subsolo amazônico pacecia ser estéril para petróleo em quantidades comerciais”
Referência BiBliográfica:

A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.

Post de Daiane Almeida

Rodovias na Amazônia


Imagem retirada do site:www.jota7.com

A implantação de rodovias na Amazônia vem gerando grandes problemas para a região. Além da ameaça à floresta, essas construções também trazem grandes impactos para a população que vive na região.
Essas rodovias são construídas apenas para interesses capitalistas, sem a preocupação do tamanho da devastação que elas podem causar, pois como diz Aziz Ab’Saber, "Elas são como espinhelas de peixe", que se ramificam rumo ao interior da mata .
Com a ocupação dessas novas áreas, surgem no lugar da floresta original, grandes espaços destinados a monocultura, a agropecuária e também a multiplicação de madeireiras. Com isso é comum acontecerem conflitos entre índios, posseiros e fazendeiros pelo domínio das terras.
A Amazônia atraiu muitos imigrantes com o processo de derrubada da mata para a construção das rodovias. Pessoas desempregadas que saiam das áreas mais subdesenvolvidas do país e eram encaminhados para garimpos da região, estavam sujeitas a muitas doenças como a malária e contribuíam para a destruição dos valores culturais dos povos indígenas da Amazônia.
Esse processo de abertura de estradas incentiva a ação dos grileiros que se apossam de grandes áreas e conseqüentemente, exploram a mão – de – obra dos milhares de sem- terra que foram para a região na tentativa de melhores condições de vida.
Outro ponto que merece destaque é em relação à situação dos nativos após todo o processo de atuação das classes dominantes na Amazônia. Os moradores eram impedidos de circular pelas áreas, que agora estava nas mãos dos grandes empresários.
As manifestações contras a pavimentação das rodovias e a construção de novas estradas na Amazônia surgem através das ONGs que se unem com outros grupos ambientalistas em defesa da preservação da região. Segundo essas organizações, a pavimentação de estradas é o maior vetor de desmatamentos na Amazônia e 75% dos desmatamentos da região ocorreram ao longo das rodovias pavimentadas. Para eles, o desenvolvimento da Amazônia deve acontecer de acordo com as aptidões de cada área e sem prejuízo de outros aspectos como, o meio ambiente e as populações locais.
Referência bibliográfica:
A’b’Sáber,Aziz Nacib-A Amazônia: Do discurso à práxis-2ª ed-São Paulo:Editora da Usp,2004.
Sites visitados:
www.org.br/.../amazonia/amazonia_noticias
cienciahoje.uol.com.br/3933
http://www.amazonia.org.br/
Post de Wanderléya Fernandes

domingo, 17 de maio de 2009

Conceitos e alternativas para um mundo melhor

Imagem retirada do site:www.pcsaudavel.com


O conceito de meio ambiente e recursos naturais

O ambiente é o entorno do homem, o palco de suas ações, já ecossistema é um termo que vem da ecologia e compreende a idéia de sistema natural comandada por fluxos de energia e ciclos de materiais dos quais participam fatores do meio físico e biológico. Paisagem corresponde a natureza modificada pelo homem.
O termo ambiente vem ganhando destaque na mídia em virtude da crise ecológica planetária.
Quando tratamos de entender estes conceitos tem-se necessidade de compreender o que é recurso natural. Entendemos por este como conjunto das riquezas minerais, animais, vegetais e energéticas que constituem a parte essencial da economia de uma região, país ou continente.
De acordo com a lógica socioeconômica são meios úteis e que ao mesmo tempo são escassos mais necessários para a vida material dos homens. Os recursos naturais são finitos eles são produtos formados na natureza e que não se reproduzem ou recuperam.
O homem vem utilizando o ar, o ferro,os produtos agrícolas,os peixes sem se preocupar com a conservação destes.O ar, a luz, a paisagem são bens livres embora venham se tornando escassos devido a degradação ambiental.
É necessário pensar na possibilidade de escassez dos recursos naturais pois, a medida que ocorre o crescimento populacional aumenta-se o consumo de água, energia, uma maior produção de lixo,uma maior poluição do ar.O homem deve procurar formas de utilização consciente dos recursos naturais e buscar novas fontes de energia.As pesquisas já existem basta que os projetos saiam do papel e se tornem realidade.

Conservação da natureza e uso dos recursos naturais
Os homens primitivos tinham sua economia baseada na caça, na pesca e na coleta. Após a invenção de instrumentos e a descoberta de processos para aproveitar os metais, à atividade humana se tornou intensa porém, o homem ainda vivia de maneira simples sem grandes alterações ao ambiente.
Com o surgimento das práticas agrícolas o homem torna-se sedentário e sua ação sobre o meio ambiente se torna mais agressiva.
Nos anos 60 a preocupação com o meio ambiente surge como conseqüência do desenvolvimento industrial, da poluição e do crescimento das sociedades de consumo.
As causas genéricas que levaram à aceleração da degradação ambiental a partir dos anos 60 resumem-se em:
-As teorias econômicas dos anos 50 que preconizavam a maximização do benefício monetário, sem preocupação com a renovação dos recursos.
-O predomínio do interesse privado de curto prazo sobre o interesse público de longo prazo.
-A planificação e a questão fragmentária e setorial dos recursos naturais sem ter em conta suas interações com todos os níveis ecológico, social e econômico.
-A não inclusão do homem no ecossistema.

Conservação dos recursos naturais
Para conservação dos recursos naturais é necessário lembrar de dois princípios:
-Na natureza todos dependem de todos;
-O manejo dos recursos naturais tem sua melhor expressão no conceito de produção sustentada.
A conservação do meio ambiente pode ser expressa através da maximização das aptidões dos recursos e pela minimização do impacto produzido.
Uma questão que não pode ser esquecida é que o homem deve se integrar ao sistema ambiental.
O planejamento ambiental deve buscar o uso múltiplo do território e a reutilização como forma de aumentar o aproveitamento dos recursos naturais para satisfazer às necessidades da produção.

Tentativas de conservação e preservação da ambiental

Em 1973,o governo brasileiro criou a Secretária Especial de Meio Ambiente(SEMA), com função de atuar nos campos da pesquisa,do planejamento da coordenação e assessoramento no combate a poluição e na preservação da qualidade dos recursos hídricos.
No ano de 1981 o governo descentraliza a SEMA,criando órgãos e entidades da União dos Estados,Distrito Federal,Territórios e Municípios.Surge o IBAMA que entre outras funções é responsável pela política nacional de unidades de conservação.Um unidade de conservação é uma amostra do ecossistema brasileiro.
As Reservas ,Parque são formas de tentar conter o avanço humano que nos últimos anos só tem se preocupado em destruir a natureza.
Referência bibliográfica Geografia do Brasil de Jurandyr L. Sanches Ross
Post de Sheila de Araújo

Seca e Desertificação na Amazônia


Os fenômenos de seca e, consequentemente, de desertificação da Amazônia não devem ser tratados como algo impossível de acontecer. Com o gradual aceleramento dos efeitos de aquecimento global e o descontrole no desmatamento naquela região, o que se pode afirmar é que dentro de pouco tempo o Bioma Amazônico estará gravemente comprometido.
O fato é que a Amazônia de hoje, devido ao seu avançado estado de degradação, em nada se assemelha com a “Amazônia primeira, indígena, pré-colombiana”. E esse é um processo que vem de longa data. A destruição no meio ambiente da Amazônia está intimamente ligada à exploração econômica descontrolada da região para atender primeiramente ao capital. Esta situação se agravou com o progresso dos meios de transporte e com a implantação de tecnologia avançada na produção, agrícola e na pecuária extensiva. Vale ressaltar que um dos grandes vilões da Amazônia hoje se chama: soja. Mas esta é uma discussão para outro momento.
Contudo, todo esse flagelo da Amazônia pode ainda ser freado. Isso depende da conscientização do povo e do governo brasileiro. É preciso alertar, denunciar, policiar e adotar políticas públicas emergentes que garantam a integridade daquela região tão importante para a America do Sul e para o Brasil em especial, uma vez que corresponde a 59% do território nacional e abriga uma enorme biodiversidade e riquezas minerais de altíssimo valor econômico e estratégico.

Fontes:http://debatadesvendeedivulgue.com; http://svdjose.blogspot.com/.

Post de Alexandre Dias

Um dia do caçador....o outro do caçador.


Imagem retirada do site:www.vivaterra.org.br

O Brasil, um país de extensão continental, possui uma das mais ricas biodiversidades do planeta. Em seu território, é estimada a existência de 10% de todas as espécies existentes no globo, sendo que 60% dos anfíbios, 35% dos macacos e répteis e 10% das aves só ali são encontrados.
Os animais silvestres que habitam as matas e florestas Brasileiras estão literalmente com os seus dias contados, é que pessoas inescrupulosas estão dizimando a fauna brasileira, principalmente quando referimos à animais silvestres. O tráfico desses animais já é a terceira atividade criminosa que mais movimenta o dinheiro sujo no nosso planeta, as outras são o tráfico de drogas e o tráfico de armas, Dois bilhões de reais é a quantia que essas quadrilhas faturam por ano no nosso país com essa atividade ilegal e imoral.
Com uma extensão territorial quase continental, uma fiscalização precária e uma fauna diversificada, o Brasil se tornou um alvo fácil para os traficantes de animais silvestres, além de tucanos, araras, papagaios e peixes ornamentais, outros animais ocupam extensa lista de espécies exploradas pelo tráfico: são os macacos, sapos e cobras traficados principalmente com o propósito de compor pesquisa na área biomédica. Os peixes ornamentais, pássaros, besouros, borboletas e aranhas visam atender à grande demanda promovida por colecionadores.
. Este processo vem crescendo nas últimas duas décadas a medida que a população cresce e os índices de pobreza aumentam já que no Norte do Brasil Os animais são capturados ou caçados geralmente por pessoas muito pobres, são jovens e desempregados, lavradores ou pescadores que se ligam aos caminhoneiros, motoristas de ônibus e outros que transitam normalmente entre a zona rural e os médios e grandes centros urbanos. Nos centros urbanos, principalmente no eixo Rio - São Paulo são encontrados os médios traficantes que desempenham o papel de "ponte" com os grandes traficantes que atuam no mercado atacadista, voltado inclusive, para o tráfico internacional, passam por vários intermediários e são vendidos ou exportados.
Todos os anos mais de 38 milhões de animais selvagens são retirados ilegalmente de seu hábitat no país, sendo 40% exportados, cerca de 90% dos animais silvestres morrem logo depois de retirados de seu habitat, conforme dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), trocando em miúdos desses trinta e oito milhões de exemplares quase trinta e cinco milhões morrem ainda nos caminhões, aviões e barcos que os levam com destino á extinção.

Fonte: http://www.renctas.org.br/
http://www.ibama.gov.br/

Post de Macário Freitas Viana.

É importante saber!!!


Imagem retirada do site:www.simplescidade.com.br

Uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 75% de energia elétrica e polui o ar 74% menos do que se fosse produzido de novo já para fabricar uma tonelada de papel novo é preciso 10 a 20 árvores, 10 mil litros de água e 5 Mw.hora de energia, enquanto que para produzir uma tonelada de papel reciclado apenas é preciso uma tonelada e meia de papel velho, dois mil litros de água e 2,5 Mw.hora de energia.
Apesar de toda essa economia o que chama atenção é que o papel reciclado é mais caro que o papel branco. Agora será que as empresas de papel reciclado querem realmente que a população substitua o uso do papel branco pelo que elas produzem?

Post de Sheila de Araújo




Um modelo econômico destruindo o meio ambiente


Imagem retirada do site:www.dialogosuniversitarios.com.br

O homem em seu processo de construção, desconstrução e reconstrução do espaço geográfico, acaba provocando o agravamento de grandes problemas ambientais tão bem conhecidos por nós.
O modelo de desenvolvimento capitalista propõe o seguinte lema: ”produzir e fazer consumir mais para continuar produzir mais”. Sendo assim o homem como principal protagonista da história irá realizar as metas propostas pelo modelo já citado anteriormente.
Muito se fala em preservação ambiental, porém, satisfazer as necessidades capitalistas na maioria dos casos se torna mais importante do que cuidar do meio ambiente.
Poluição das águas, desmatamento de gigantescas florestas, aumento do lixo, maior consumo de água e energia e muitos outros são consequências de um modelo econômico que só procura enriquecer-se cada vez mais pouco se importando com a natureza.
As atuais sociedades de consumo que só se importam em sucesso medido pelo que consomem de bens e serviços ostentam roupas de grife, carros sofisticados, mansões, viagens ao exterior acabaram tornando-se parâmetros para medir o sucesso individual na sociedade. Aos que não têm oportunidades de adquirir o status social resta se conformar com sua situação,já muitos outros vão na busca incessante de uma melhor condição de vida procurando obter o que a classe alta tem de sobra.
O modelo de desenvolvimento vigente necessita cada vez mais dos recursos naturais. E como sabemos a TERRA não pode mais suportar civilizações como a dos Estados Unidos, Canadá, Japão, e alguns países da Europa Ocidental, em vista do grande consumo de bens materiais e do alto desperdício, estas sociedades não estão somente agredindo o seu ambiente mais o PLANETA todo.
Necessitamos buscar alternativas para uma melhor vivência na TERRA, pois como sabemos vivemos em um planeta dinâmico e atualmente este está respondendo as nossas ações. Não se pode pensar apenas nas sociedades atuais mais sobretudo nas gerações futuras.
Será que nossos filhos e netos saberão da importância das florestas, dos animais, das plantas ou só conhecerão através de livros. è preciso pensar seriamente sobre este assunto.
Texto baseado no banco de dados cedido gentilmente pelo professor de Macroambientes do espaço brasileiro da UESB João Phelipe Santiago.




Post de Sheila de Araújo

A expansão da soja no cerrado brasileiro




Arcos do desmatamento
Por Ezequiel Silva

Além do grande rio Araguaia, margeadas pelos rios Xingu e a oeste, irrigadas pelo Teles Pires, estão terras que podem ser consideradas a Mesopotâmia brasileira. Situadas numa zona de domínios do cerrado, mata de transição e floresta amazônica, a diversidade de povos, atividades econômicas e as paisagens produzidas por essas relações não poderiam deixar de ser diversas e deixar a região ainda mais fascinante.
No início da década de 1960 foi regulamentada e demarcada a reserva indígena do Xingu que tem uma área equivalente ao estado de Sergipe. A reserva situada a nordeste do estado de Mato Grosso reúne diversas etnias e se mostra como uma ilha de preservação ambiental, já que, as atividades desenvolvidas pelos indígenas são em sua maioria extrativistas o que possibilita uma biodiversidade ímpar na região. Adentrar a reserva é o mesmo que viajar no tempo e conhecer o Brasil descrito pelos primeiros documentos escritos sobre a exuberância das terras conhecidas a partir de 1500.
Viajar entre as cidades de Canarana, Vila Rica e Matupá no Mato Grosso é poder observar toda a diversidade da região. No ano de 2002 numa viagem de trabalho de três meses por todo aquele estado tive oportunidade de contemplar o desenrolar das relações cada vez mais diversas, mas paradoxalmente intrínsecas que se desdobram naquela região.
Quando se entra em Porto Alegre do Norte, Gaúcha do Norte e Canarana uma pergunta é natural estamos no Sul do Brasil ou no Centro Oeste? Do ponto de vista cultural e humano a região tem muito haver com o Sul do Brasil, mas o clima quente e úmido, a rara, mas ainda presente floresta amazônica, e, sobretudo, o batalhão de índios que invadem estas cidades todos os dias em busca de serviços diversos, mostram que se trata do Centro oeste.
A forte presença sulista (gaúchos, catarinenses e paraenses) na região é reflexo da política desenvolvida pelos governos militares nas décadas de 1960 e 1970 que visavam povoar aqueles estados promovendo a distribuição de terras. Muitos não se adaptaram devido ás dificuldades da então região inóspita devido às enormes distâncias de outros centros urbanos, a precariedade das comunicações e transportes, a florestas densas e além de tudo isso, terras que para chegar ao ponto de se produzir demandavam inúmeros gastos e dificuldades, primeiro com a derrubada das densas florestas e depois com a adequação dos solos ácidos e impróprios para a agricultura. Por outro lado, a região contava com inúmeros rios e nascentes, além das chuvas regulares que possibilitariam produções em larga escala desde que o obstáculo das florestas e dos solos ácidos fossem vencidos. Bem, muitos não resistiram às dificuldades e voltaram para o sul, outros enfrentaram o desafio e com a força de seu trabalho fizeram nascer cidades e riqueza.
Sorriso, Sinop, Colider, Canarana, Porto Alegre do Norte e inúmeras outras cidades do chamado Nortão do Mato Grosso, nasceram assim e são reais exemplos de força trabalho e luta de homens e mulheres de respeito e valor. Porém, a soja, o milho, o gado, em fim, as riquezas produzidas pela próspera região e que hoje empurram para cima o crescimento do país tem o seu lado ruim.
Quando se fez necessária a derrubada da floresta para o plantio de soja e milho, e também pastos para o gado, naturalmente, aquela madeira retirada não seria desperdiçada e assim surgiram madeireiras que comercializavam a madeira oriunda das matas derrubadas. Quando a região se consolidou como a nova fronteira agrícola do Brasil e muitas das dificuldades como estradas, comunicações e transporte começaram a serem superadas, mais e mais pessoas se dirigiram para a agora próspera região. Cada um queria sua parte no novo Eldorado brasileiro, isso agravou problemas sérissimos como a derrubada de florestas que deu origem a mais madeireiras, as queimadas que em muitos períodos do ano deixam o ar irrespirável, a grilagem de terras, entre muitos outros. Automaticamente agravou-se a Questão Ambiental e a Questão Agrária, consubstanciadas na destruição de florestas e cerrado, e nas lutas pela terra e exploração de trabalhadores rurais. Mato Grosso é hoje um dos estados que lideram as denuncias de trabalho escravo.
A fronteira agrícola avançou pela floresta e pelo cerrado da região, o que representa uma enorme ameaça de desastre ambiental. Rios como Teles Pires, Juruena, Tanguro e Culuene que formam o Xingu, tem suas nascentes no cerrado e estão ameaçados pela expansão da agropecuária que destrói as matas ciliares e ameaça a subsistência das nascentes desses rios.
Em meio a essa situação por um lado geradora de divisas para o Brasil e por outro catastrófica do ponto de vista ambiental, o fato é que, a sociedade e o poder público brasileiros estão diante de uma difícil situação: expandir ainda mais a fronteira agrícola nacional pondo em risco todo um sistema ambiental sustentado pelos rios do cerrado e assumir o ônus de uma catástrofe cujas proporções são incalculáveis, ou parar com a devastação enquanto é tempo e manter as áreas exploradas só até onde já estão? Eis uma questão complicada de se resolver já que uma das pessoas que poderia ajudar a buscar uma solução, o governador de Mato Grosso desde a eleição de 2002 é ninguém menos que Blairo Maggi o rei da soja.
Pois bem, num ambiente de riquezas econômicas, devastações ambientais e todo o emaranhado de relações que se desenrolam naquele pedaço do país uma ilha verde resiste. O parque indígena do Xingu permanece com sua reserva de mata nativa onde diversos povos resistem à destruição vizinha. É realmente impressionante a diferença da vegetação exuberante existente dentro da reserva e o que se observa fora dela. Saindo de São José do Xingu com destino a Matupá o viajante cruza cerca de oitenta quilômetros por dentro do parque, aproximadamente quarenta na margem leste e quarenta na margem oeste do rio. No ponto de travessia situado no centro da reserva há uma aldeia onde funcionam escolas e cerca de quinhentos metros adiante está o Rio Xingu. Lá não há ponte e a travessia é feita em uma balsa pertencente aos índios que obviamente cobram pelo serviço, mas o privilégio de transitar por um lugar maravilhoso como aquele vale o preço. Porém, o Xingu, embora com sua exuberância e preservação, é ameaçado pela devastação supracitada já que as nascentes de seu rio, como já foi dito, estão em áreas de plantio de soja e portanto, a drenagem é ameaçada pela destruição das matas ciliares. Num mundo tão interligado é preciso que se pesem bastante todas as decisões a serem tomadas, uma vez que, do ponto de vista ambiental, uma mudança em um local afeta muitos outros.
No caso específico da região do Xingu uma decisão precisa ser tomada. Continuar a expansão da lavoura de grãos destruindo a natureza e assumindo o risco de provocar uma tragédia ambiental cujas proporções não podem ser medidas? Ou, buscar outras alternativas econômicas para que o equilíbrio ambiental possa ser mantido sem catástrofes provocadas pelo homem? Eis uma questão urgente para o debate de todos, sociedade civil e poder público.
Post de Ezequiel Silva

domingo, 10 de maio de 2009

Alternativas para preservação da Amazônia


Imagem retirada do site:www.labin.unilasalle.edu.br

AMAZÔNIA - PARQUES NACIONAIS

No Brasil criou-se o primeiro parque nacional em 1937. Atualmente no país existem 62 parques nacionais, muitos deles situados na região amazônica. Os parques nacionais, por possuírem uma enorme biodiversidade, são áreas de grande importância biológica, geologia e geográfica.
A região amazônica abriga uma significativa parcela desses parques, que estão localizados em praticamente todos os estados dessa região. O parque nacional do Tumucumaque representa a maior unidade de conservação de floresta tropical do mundo e está localizado no estado do Amapá e do Pará.
Nessa região existem florestas de alto porte com cobertura uniforme como, por exemplo, a maçaranduba e a mandioqueria, florestas consideradas de baixo porte com a presença de faveiras e matamatás, além de vegetações como arbustos e gramíneas. A fauna também é bastante rica e o parque abriga nascentes de rios importantes como o Oiapoque e o rio Araguari que fornece água e energia para o estado do Amapá.
No parque é possível destacar também a presença de morros residuais (inselberg) e solos com baixa fertilidade natural. Região pouco povoada e que por isso ainda conserva a sua biodiversidade.
O Parque Nacional do Jaú também e destaque na região amazônica. É considerado patrimônio natural mundial pela UNESCO e está situado no Estado do Amazonas, a 220 km de Manaus. Esse parque possui mais de 400 espécies de plantas e algumas delas só foram encontradas nessa região. Assim como o anterior, o Parque Nacional do Jaú ainda não sofreu impactos da ação humana que possa colocar em risco a sua conservação.
No estado do Amapá e do Amazonas, além desses dois parques existem ainda o Parque Nacional do Cabo Orange e os Parques Nacionais Campos Amazônicos e do Pico da Neblina, respectivamente.
Nos outros estados da região podem ser destacados os seguintes parques nacionais: Parque Nacional do Viruá e do Monte Roraima (Roraima); do Pacaás Novas e da Serra da Cutia (Rondônia); da Serra do Divisor (Acre); da Amazônia (Amazonas/Pará); do Araguaia (Tocantins); Nascentes do Rio Parnaíba (Tocantins/Piauí) e os Parques Nacionais Lençóis Maranhenses e Chapadas das Mesas (Maranhão).
Os parques nacionais foram criados com o objetivo de preservar os ecossistemas e sua biodiversidade, possibilitando a pesquisa científica e também atividades relacionadas à recreação e ao turismo ecológico sem que ocorra a destruição do bioma. Nesse sentido o Brasil possui diversas categorias de unidades de conservação que permite, ainda que precária essa preservação.
Post de Wanderléya Freitas

A importância de um recurso natural

Imagem retirada do site:www.infantario-louros.com

A água

A água é um recurso natural de importantíssimo para todos. Sem ela, seria impossível a vida do homem, dos animais e das plantas. É um bem público onde todos têm o direito ao seu uso, cabendo ao Estado garantir a sua qualidade e a sua justa distribuição.
A poluição dos mananciais hídricos, a utilização em grande escala da água para a irrigação e a falta de preservação das nascentes dos rios e matas ciliares (aquelas que se situam às margens de rios e lagos) causam a escassez da a água.
A escassez de água já ameaça grande parte da humanidade. E, enquanto muita gente a desperdiça, mais de 1,5 bilhão de pessoas estão sem água no mundo.
A poluição dos cursos d’ água se agravou com o advento das construções das redes de esgotos sanitários. Isto ocorreu após a “reforma sanitária” iniciada na Inglaterra em 1847, a qual introduziu a uso generalizado da descarga hidráulica nos vasos sanitários, ligando – se aos sistemas de esgotos os quais diretamente ligados aos rios.
Outro problema importante é a má distribuição da água doce do mundo. Enquanto alguns lugares têm fartura de água, ela é escassa e faz muita falta em outros. Alguns países, como o Egito e Arábia Saudita, sofrem com a seca que prejudica as plantas, os animais, a saúde e a sobrevivência da população.
O Brasil detêm 12% das reservas de água doce do mundo, que possui o maior reserva de água subterrânea do mundo, o Aqüífero Guarani. Ele ocupa uma área de 1,2 milhões de Km ², estendendo – se pelo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
É visível com a água é má distribuída em nosso país. Na região Norte, com 7% da população, possui 68% da água do país, o Nordeste com 29% da população possui 3% da água do país e o Sudeste com, 43% da população conta com 6% da água do país.
A região Nordeste sente os efeitos de falta d’ água, o aumento da temperatura aumenta a evaporação da água e ao mesmo tempo, a demanda para o consumo humano e para irrigação deverão afetar ainda mais a disponibilidade hídrica na região. Isso tudo, sem contar as alterações provocadas pela ocupação humana, com assoreamento, desmatamento, e perda da qualidade da água.
Começamos a perceber que a água doce, em condições de atender aos diversos usos do homem, está se tornando um recurso difícil de se garantir. Com o crescimento da população, a procura pelo precioso líquido é cada vez maior, aumentando, consequentemente, os tipos de usos de água. Precisamos usar a água com muito cuidado para que sempre possamos encontrá -la disponível, em quantidade e qualidade para os nossos usos.
Post de Moane Gusmão

O Futuro das Florestas brasileiras


Imagem retirada do site:www.eurofarma.com.br

O FUTURO DAS FLORESTAS TROPICAIS

A Amazônia ocupada em grande parte por índios, populações ribeirinhas e seringueiras ainda pratica o extrativismo e uma agricultura de baixo impacto ecológico sobre as florestas. Entretanto, atualmente, a floresta vem sofrendo com as ações humanas de grande impacto como exemplo podemos destacar: a pecuária,a mineração,a extração da castanha,a caça e a comercialização de peles de animais sem falar do tráfico clandestino dos mesmos,estas ações tem destruído a flora e a fauna da floresta aceleradamente.Os desmatamentos para criação de latifúndios agropecuários substituem as florestas por pastos.Projetos como Grande Carajás e Jarí,a exploração mineral e hidrelétricas são fontes de impactos ambientais em âmbito regional.

DESTRUIÇÕES PROVOCADAS PELOS PROJETOS AGROINDÚSTRIAIS
Destruição da biodiversidade- O desmatamento elimina uma variedade de espécies muitas vezes desconhecidas. Sem falar da implantação da monocultura.
Destruição do solo- A retirada da floresta rompe com o sistema natural de ciclagem de nutrientes. Os solos também deixam de ser protegidos da erosão pelas chuvas.
Mudanças climáticas- A destruição das florestas elimina a fonte de vapor d’água na atmosfera que é responsável pelas condições climáticas regionais.
Doenças- As monoculturas implantadas na região amazônica estão mais expostas a pragas e doenças. Sem falar da utilização de inseticidas e agrotóxicos que destroem que destroem ainda mais a diversidade de espécies e a poluição dos mananciais hídricos.
O Futuro
A destruição da floresta está relacionada com os problemas agrários que são frutos de um modelo de desenvolvimento associado na concentração de capitais em terras. sem falar da nossa conhecida monocultura e do extrativismo mineral.
As políticas de desenvolvimento da Amazônia baseadas na exportação de nossas matérias-primas extraíram para esta região grandes projetos ligados a mineração que provocaram o desmatamento e a construção de hidrelétricas e estradas e uma urbanização caótica.
Os mesmos empresários que implantaram seus empreendimentos na região amazônica serão aqueles que irão abandonar a floresta no momento que a extração da matéria-prima não satisfazer seus lucros.
Serão como nossos colonizadores portugueses, que exploraram o pau-brasil e depois procuraram outras fontes de exploração.
Apesar de vivermos no século XXI, o Brasil ainda apresenta características da época colonial.


Referências bibliográficas:Geografia do Brasil.ed.1.reimpr.-São Paulo:Editora da universidade de São Paulo,2003.-(Didática:3)Vários autores.


Post de Sheila de Araújo

O que é Amazônia?


Imagem retirada do site:economiafreak.wordpress.com

A Amazônia é uma bacia hidrográfica que se estende da cordilheira andina e avança por todo o Norte do Brasil. A imensa floresta amazônica se estende pela Guiana Francesa, Suriname, Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.
A floresta pluvial que cobre grande parte dessa área tem seus limites, no Brasil definidos pelas caatingas do nordeste que formam uma transição com a vegetação conhecida como Zona dos Cocais. A partir dos cerrados do Centro-Oeste a floresta se separa por uma extensa faixa de matas secas.
A bacia amazônica se formou numa sequência de eventos geológicos muito antigos, de mais de 420 milhões de anos, na era paleozóica.
A grande floresta amazônica está situada em regiões onde precipitação está acima de 1800-2000 mm.
A Amazônia apesar de clima quente não apresenta temperaturas altas, mas temperaturas médias durante o dia e a noite e ao longo do ano.
Fatores como temperaturas constantes e precipitações elevadas favorecem a exuberância da vegetação amazônica. Nas proximidades de Santarém existe uma região mais seca que acaba interrompendo a distribuição de muitas espécies de árvores criando uma floresta úmida oriental bem diferente da ocidental.A grande diversidade da floresta amazônica ainda não é conhecida completamente,mais pode ser dividida em três grupos:as matas de terra-firme,as matas de várzea e os igapós.O desenvolvimento destes grupos irá depender do regime de inundação dos rios.
Nos igapós ou matas inundadas, a floração coincide com as enchentes de verão. Onde a precipitação é mais distribuída, a floração ocorre ao longo do ano.
A floresta amazônica rica em biodiversidade ainda é pouco conhecida. Os indígenas,ribeirinhos e seringueiros que vem revelando para ciência um grande número de espécies até então desconhecidas.
A Amazônia possui a maior parte da terra-firme com altitudes abaixo de 200 m, com as seguintes unidades e relevo e cobertura vegetal (Shubart, 1983)
1-Planícies de inundação- Compreendem as várzeas e igapós que são terrenos geologicamente mais jovens da Amazônia. São formados por sedimentos acumulados nas áreas de inundação dos rios e na região coberta pela vegetação de pântano.
2-Terraços pleistocênicos- São terrenos sedimentares formados quando o nível de base dos rios era mais alto, durante os períodos interglaciais, pois o mar já esteve 15 m acima do nível atual há cem mil anos.
3-Planalto amazônico- Toda a área formada pelos sedimentos argilosos que são terrenos com altitudes de 150 a 200m.
4-Escudos Cristalino-Terrenos mais antigos que limitam a bacia ao norte e ao sul.

As florestas
Na Amazônia existem florestas de inundação e florestas de terra-firme.As florestas de inundação são divididas em matas permanentemente inundadas e florestas de inundação periódica.Existem ainda na região litorânea,os manguezais que são inundados pela marés.
Mata de Igapó
Característica de solo alagado, de terrenos baixos próximos aos rios. o solo e a água dos igapós são ácidos.Sua vegetação é verde e as árvores chegam a atingir 20 m de altura.Nos igapós encontramos a vitória-régia que atinge até 40 cm de diâmetro.Alguns igapós podem secar em certos períodos do ano dando origem a praias arenosas.
Mata de Várzea
Cobre 55 mil (quilômetros quadrados) da região amazônica. Localizam-se sobre terrenos periodicamente alagados.Em áreas mais alagadas assemelha-se aos igapós nos menos alagados(altos)se parece com a vegetação de terra-firme.
Muitas plantas da várzea são utilizadas pelos seringueiros e por índios para a produção de borracha.
Matas de Terra-Firme
Característica de terras mais altas abrange 90% da área total da bacia amazônica. As árvores são altas(60-65m) e no altos de suas copas é retido 95% dos raios solares tornando o interior da floresta escuro e úmido.
A Vida na Floresta
As florestas amazônicas são auto-sustentáveis. Para a formação da biomassa, elas necessitam de uma alta taxa de fotossíntese e da disponibilidade de nutrientes.Uma curiosidade sobre a floresta,é que ela não vive dos nutrientes do solo já que estes apresentam baixa fertilidade.A floresta amazônica vive sobre o solo,realizando a ciclagem dos nutrientes no qual a fonte alimentar são estoques de solo.
Referências bibliográficas:Geografia do Brasil-4.ed.1.reimpr.-São Paulo:Editora da Universidade de São Paulo,2003.-(Didática;3)Vários autores.

Post de Sheila de Araújo

domingo, 26 de abril de 2009

Planeta Azul


Imagem retirada do site:ahoradoplaneta.blogspot.com

O Filme Planeta azul nos faz perceber a grandiosidade de um planeta como a Terra, morada de 6,6 bilhões de pessoas. A obra cinematográfica nos mostra uma visão privilegiada do nosso Planeta visto do espaço .Nas belíssimas imagens iremos observar o deserto da Namíbia,o Himalaia e as ilhas das Caraíbas.
Ao longo do filme vamos ver as forças endógenas do planeta através dos vulcões e terremotos e teremos plena convicção que nosso PLANETA É VIVO.
A floresta tropical da Amazônia é destacada com suas árvores altas e belíssimas uma natureza exuberante.
Planeta Azul, nos mostra a nossa casa uma pena que nós moradores não estamos cuidando de forma correta dessa moradia.
Hoje temos uma casa para morar mais será que nossos filhos e netos terão?
Quando assistir esse filme pensei nisso e gostaria que os leitores também se questionassem sobre o assunto.
Os homens de tantos se preocupar em crescimento econômico pouco dão valor ao lugar que residem.
Os poluentes lançados na atmosfera através das fábricas são para o “progresso do homem”,os automóveis queimando combustíveis,o lixo lançado nas ruas,o desmatamento de nossas florestas,a poluição dos mananciais hídricos será que tudo isso visa o real “progresso” ou apenas estamos destruindo o nosso lar?
Postagem feita após as primeiras aulas do semestre do professor doutor João Phelipe Santiago quando foi exibido o filme PLANETA AZUL.
Post de Sheila de Araújo